quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Então vem!

E então lá vem você com suas promessas... Mas, meu amor, não me prometa, te suplico! Porque hoje - a tristeza que me perdoe! - mas eu estou tão feliz em te ter que acredito e anoto cada uma dessas promessas e cobrarei. Tu bem sabes que eu cobro mesmo. Hoje é um daqueles dias em que o passado não tem domínio sobre nós. Não importa os erros que cometemos, podemos ir além de nossas fronteiras, podemos ser mais até mesmo do que sonhamos em ser. Podemos ser certeza.
Ah vem, amor! Vem e faz meu dia brilhar, vem e faz minha noite crescer em luar, vem que hoje eu quero te ninar. Todos os atrasos de conversas, de caricias e de beijos hoje eu vou tirar. Vem, meu bem, que a sede está grande e o amor é tanto que transborda. Vem! Que o meu Viver diz "acorda!" e o coração já desperta e ele quer Amar. Assim com letra maiúscula, porque esse é nome próprio.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Perdi a alma

Não aguento mais os meus sorrisos. Já te ocorreu de enjoar de si próprio? Estranho isso, estranho demais. Mas eu não me aguento mais assim sem alma. Não aguento as voltas repetidas que eu dou em torno de mim mesma. Não acho meu âmago quando não tenho você. Tenho sido tão superficial em mim mesma. Sinto-me assistindo a minha vida, e ela é apenas um filme que se repete. Já sei esse final, não tem graça! Então tudo o que eu posso fazer é abrir aquela velha caixinha de lembranças e procurar lá atrás alguma inspiração. Lá atrás quando eu sabia quem eu era e quando eu não sabia o que fazer, ou para onde ir. A vida era mais interessante assim. Agora eu sou só mais um vazio que não entende a própria existência, mas que sabe bem o que fazer. Vazios são buracos onde cair. Então caio. Caio nada, despenco!
Despenco no vazio da perfeição. Ando triste por não ter com o que me preocupar, não vejo graça em ser tudo tão perfeito. Preciso de um drama para me alimentar, preciso de um drama para me sentir eu. Ando ausente de mim mesma. Não sei viver assim como em outro corpo, dizendo à mim mesma "tira as mãos de mim estranha, devolva a minha alma". E agora onde eu me encontro?
Não sei aproveitar a paixão assim de graça. O beijo pelo beijo, a música pela música, o sorriso pelo sorriso. Onde fica a carne pela lágrima, o coração pela alma? Onde fica a dor que trarão os versos? Onde fica o prejuízo, onde fica o lucro? Que paixão louca é essa em que se paga tudo na mesma moeda? Desde quando uma paixão pode ser justa? Não acredito em nada disso, estão querendo me enganar. Eu já conheço esse final, repito: não tem graça!
Alguém aí está me ouvindo? Viu uma alma perdida por aí? Se a ver mande-a voltar para o seu corpo imediatamente! Diz à ela que não tem graça viver assim, enjoada de si mesma.